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Opinião: Índice Firjan pode ser usado pelo governo e pela oposição em disputa eleitoral

Por Fernando Duarte

Opinião: Índice Firjan pode ser usado pelo governo e pela oposição em disputa eleitoral
Foto: Reprodução/ Firjan

Apesar dos pesares, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2025 da Bahia pode se tornar uma boa arma da publicidade estatal, dado a melhoria de dois índices cujo investimento do governo são consideráveis sensíveis: educação e saúde. Ainda assim, o fato de cidades governadas pela oposição figurarem nas primeiras posições torna o índice também um bom argumento pelos oposicionistas.

 

Criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o índice cria um parâmetro a partir de dados públicos oficiais. Em tese, é desprovido de vieses partidários — é bom justificar, dado o histórico recente de críticas recorrentes ao IBGE. Porém, para além da imprensa e dos municípios mais bem colocados, é raro ouvir que istrações públicas rearrumam rotas a partir dele. Infelizmente. Todavia, dá para apreender alguns pontos a partir dos dados disponibilizados.

 

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“Na comparação com o ano de 2013, o IFDM do estado da Bahia ou de 0,2966 em 2013 para 0,4920 em 2023, um avanço de 65,9%”, diz o estudo. O avanço não foi suficiente para atingir a média nacional, marcada em 0,6067. Em 10 anos, é uma evolução expressiva. Porém, ainda mantém o estado com grau de baixo desenvolvimento. Não é necessário conhecimento metodológico avançado para verificar que o levantamento apresenta um retrato da realidade.

 

O governo de Jerônimo Rodrigues pode enxergar o copo como meio cheio. Houve uma melhora de mais de 65%. A oposição vai avaliar como meio vazio, com o contexto de que há baixo de desenvolvimento. Ambos estão corretos a partir das próprias ótimas. O uso que cada grupo vai fazer dele é que pode ser crucial para o impacto político-eleitoral. Até aqui, convenhamos, o governo tem dado sinais de melhor uso dessas informações.

 

Novas escolas em tempo integral e novos hospitais são propaganda frequente das istrações petistas, especialmente a partir de Rui Costa. Quando avaliados em separado, os índices são os que apresentam a melhor evolução. O IFDM Educação subiu de 0,2127 em 2013 para 0,4910 em 2023 – e foi o melhor entre as três vertentes. Já IFDM Saúde foi de 0,3321 em 2013 para 0,5620 em 2023. Ainda que os dados sejam referentes aos municípios, são raras as istrações municipais que possuem recursos suficientes para investir nas áreas para além do mínimo. Por essa razão, os investimentos estaduais são imprescindíveis para avaliar essa evolução.

 

A dor de cabeça é o IFDM Emprego & Renda. A média ou de 0,3451 para 0,4230. E é justamente um ponto delicado nas diversas partes da Bahia. Gerar emprego em um estado com baixo nível de industrialização ou avançar na circulação de renda sem o uso de políticas de distribuição, como Bolsa Família, são desafios extras para que a esquerda se mantenha à frente do Palácio de Ondina.

 

Outro consolo para oposição é o fato que cidades como Luís Eduardo Magalhães, Mata de São João e Salvador, istradas por grupos não ligados ao governo, são as únicas que permaneceram nas 10 primeiras colocações entre 2013 e 2023. A capital baiana, apesar de não ter o melhor índice da Bahia, é a também mais provável a ter problemas estruturais, na comparação com os outros municípios.

 

Os dados publicados pela Firjan podem não ser basilares para as estratégias eleitorais dos grupos políticos. Todavia, se bem utilizados, podem servir de base para conteúdos laudatórios ou críticos, a depender do interlocutor. E, para os municípios, deveriam servir para melhorar a vida da população local.